O JARDIM ALQUÍMICO DAS QUALIDADES

Esta ideia do trabalho com as qualidades surgiu numa tarde em que me encontrava sentada à margem de uma queda d'água. Sentia-me triste e desamparada, pois havia tanta coisa que eu "devia" ser, e o que acontecia é que eu me deparava continuamente com meus "defeitos". O jeito comum de lidar com eles - o de transformá-los em seu oposto - me resultava muito difícil. Quando eu estava triste, eu estava triste mesmo, não havia meio de me alegrar... Naquele dia, apareceu a possibilidade de pensar nas qualidades como se elas tivessem uma espécie de hierarquia, uma diferença de polaridade, na qual os "defeitos" seriam apenas boas qualidades num estágio subdesenvolvido. A essência seria a mesma, e na raiz ou germe estaria uma qualidade em estado bruto que poderia ser educada, aprimorada e polida para revelar a sua identidade superior.

Qualidades têm uma capacidade surpreendente de se desenvolver, principalmente quando são cuidadas com a maestria de gente comprometida com o jardim, e que conhece e respeita o significado profundo dos ciclos de vida, morte e renascimento.
Trabalhar com qualidades-flores assim requer uma certa mudança de sistema de crenças. O processo não é mais de natureza "horizontal", onde se cria uma tensão entre opostos forte o suficiente para gerar energia para o salto em direção ao nível superior, onde está a reconciliação/ solução do dilema.

A ideia aqui é de um processo de eixo "vertical", de integração de possibilidades, e de maturidade para escolher trabalhar com a qualidade da flor ou da raiz, para adquirir maestria no percurso do fluxo da energia. Isto remete a uma atitude de "navegar no eixo", e não de "manipular a polaridade". O eixo passa pelo Ponto de Poder Pessoal (PPP).
O PPP é onde/quando se pode ter as visões/sonhos/desejos de futuro, e estabelecer estratégias para alcançá-los. E nunca se sabe ao certo o que vai realmente acontecer! Se o 'futuro' é variável, para equilibrar o 'passado' também é, e no PPP é onde/quando existe a compreensão dos aprendizados do passado, desta forma modificando e transformando memórias 'defeituosas' em histórias maravilhosas.

Cuidar do jardim interno é uma atividade contínua assentada na vontade de elevar as próprias qualidades pessoais. A ecologia 'interior' é a que lida com o mundo individual das múltiplas percepções, emoções e ideias, e como elas se correlacionam na experiência de ser humano e de estar no mundo, sempre almejando a melhoria de qualidade de vida.

LANÇAMENTOS E COMENTÁRIOS -> 1o livro, O JARDIM DAS QUALIDADES

No boletim da ANTAKARANA, Willis Harman House, saiu assim     (6 de outubro de 2005, Sampa):

"O Jardim das Qualidades e a mudança de padrão"

Na palestra de apresentação de seu novo livro O Jardim das Qualidades, durante o lançamento que aconteceu na WHH/Antakarana no último dia 6 de outubro, Elaine Vieira destacou o conceito de "qualidades-flores". Para Elaine, a forma de se relacionar com as qualidades pessoais, sem classificá-las como positivas ou como defeitos, é uma ferramenta muito útil para lidar com um novo padrão de realidade, que é de natureza mais amorosa. "Cultivar qualidades de forma ecológica é um modo de respeito ao meio ambiente inteiro", diz a autora, "sem poluir o ambiente psíquico com guerras pessoais, sem armas para vencer aspectos interiores considerados nocivos, ou mesmo focalizar em sentimentos não-apreciativos, facilitando muito a atuação de forma ecológica em relação ao meio ambiente exterior". Ela explica que as qualidades-raiz, que eram até agora chamadas de defeitos, são apenas qualidades-flores que ainda não tiveram tempo de se desenvolver ou se aprimorar. Ou seja, são recursos! Em seu livro, além de dar algumas bases conceituais para se entender como funciona este "padrão novo", ela também apresenta algumas formas de lidar com o baralho que acompanha a publicação como instrumento valioso para consultores, terapeutas e para aqueles que se encontram na trilha do autoconhecimento.

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Dia 22 de outubro, em Franca ==>

o workshop foi concorrido, ainda bem que não choveu até o término. Assim, pudemos sair da sala que ficou apertada, e utilizar o belo e bem cuidado jardim de flores e ervas medicinais e aromáticas do Espaço Ternura. Ninguém fotografou - com momentos "mágicos" isto às vezes acontece! - a bela cena das duplas conversando entre os canteiros coloridos, trabalhando uma das sugestões para utilização do baralho, que são as Histórias Maravilhosas.

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Dia 7 de dezembro no Ícone Espaço Cultural (São Paulo) ==>

... quando contei do episódio da cachoeira artificial - que não tinha escada de peixes, e hoje tem (leia a história no livro) - um rapaz comentou, olhos brilhando: "ah, então este seu livro é uma 'escada de peixes' pras pessoas poderem continuar seus caminhos?"

Achei muito inspirado! É isso mesmo!

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Dia 15 de dezembro de 2005 no Alqhimia, em Mogi Guaçu ==>

... foi uma oportunidade ímpar de reencontrar gente conhecida e conhecer novas pessoas com consciência. E teve um concerto de flauta do Yvan, de abertura, que tocou também o chacra cardíaco!

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Dia 16 de fevereiro de 2006 na Nobel-Cambuí, em Campinas ==>

... foi MUITO BOM contar com a presença de muitos amigos e amigas  -  até gente querida de outra cidade, Rio Claro!  -, um evento tão mágico que nem teve registro fotográfico (dinovo...).

A disposição de todos e do pessoal da livraria - o vinhozinho e ficar aberto até mais tarde - só deixaram o nosso encontro tão agradável, ah, ki gostoso! É nessas horas que se confirma a importância de participar dum momento de conversa descontraída e significativa, pois o eixo principal era formado pelas qualidades e a experiência de vida de cada um e todos que participaram.